Sacramentos.


Sacramento do Batismo.

Jesus instituiu o Batismo logo no início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão para ser batizado por São João Batista. O Batismo de João não era uma Sacramento. Só quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir: “Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências”, e que o Espírito Santo aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica instituído o Batismo. 
Essa instituição será confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: “Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” 
Evangelho de São Mateus, 3-13.
 


O Batismo nos dá, pela primeira vez, a graça santificante, que é a amizade e a presença de Deus no nosso coração. Junto com a graça recebemos o dom da Fé, da Esperança e da Caridade, assim como todas as demais virtudes, que devemos procurar proteger no nosso coração. 
Apaga o pecado original.
 
Apaga os pecados atuais e todas as penas ligadas aos pecados.
 
Imprime na nossa alma o caráter de cristão, fazendo de nós filhos de Deus, membros da Santa Igreja Católica e herdeiros do Paraíso.
 
Nos torna capazes de receber os outros Sacramentos.
 
Por isso tudo, vemos que o Batismo é absolutamente necessário para a salvação. Só entra no Céu quem for batizado.

Além do Batismo da água, o normal, existem ainda dois outros modos de recebermos o Batismo: o Batismo de sangue e o Batismo de desejo. 
*O Batismo de Sangue é recebido por uma pessoa que, sem nunca ter sido batizada, seja morta por defender a Fé católica. Foi o caso de muitos mártires que morreram por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. 
*O Batismo de Desejo é recebido por uma pessoa que, sem ter como chegar até um Padre, morre sem poder receber o Batismo que desejava receber. Qualquer desses três modos de receber o Batismo é suficiente para nos dar a Fé e assim nos permitir ir para o Céu.

Símbolos da celebração do Batismo 
Sinal da Cruz: é traçado no peito e na testa da pessoa, para significar que pelo batismo, ela participa da morte e ressurreição libertadora de Cristo. Ela vai viver a Boa Nova de Jesus preparando-se para enfrentar a perseguição e o sofrimento que poderão vir. 
Água: significa purificação e fonte de vida. Ninguém pode viver sem água. 
Vela acesa: significa a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos. É sinal da presença do Espírito na vida da pessoa.

Óleo: se uma gota de óleo cair na roupa logo se espalha no tecido. O Espírito de Cristo deve penetrar na vida do cristão e fortalecê-lo na luta contra as forças do mal. Como o óleo penetra na pele da criança, assim Cristo penetra na vida da pessoa.

Veste Branca: símbolo de que o cristão foi revestido de Cristo. Veste de graça.




No Catecismo da Igreja Católica encontramos:

“Deus, ao criar o homem, concedeu o dom da graça santificante, elevando-o a dignidade de seu filho e herdeiro de céu. Com o pecado original, rompeu-se a amizade do homem com Deus, e alma perdeu a vida da graça. Desde então, todos os homens nascemos com mancha do pecado original (exceto a Virgem Maria ). Deus por sua misericórdia infinita compadeceu-se de nós e enviou-nos o seu filho para nos resgatar do pecado, devolver-nos a amizade perdida e a vida da graça, tornando-nos novamente dignos de entrar na glória celeste. Tudo isto nos concede através do Sacramento do Batismo.” – CIC 1212

“Batismo é um sacramento mediante o qual o homem nasce para a vida espiritual por meio da alusão da água e a invocação da Santíssima Trindade.”  - CIC 1213 a 1216


NO BAÚ DAS RIQUEZAS
Principio e Fim - Comunidade Recado





Sacramento da Reconciliação.

Sacramento da Penitência, ou Reconciliação, ou Confissão, é o sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para apagar os pecados cometidos depois do Batismo. É, por conseguinte, o sacramento de nossa cura espiritual, chamado também sacramento da conversão, porque realiza sacramentalmente nosso retorno aos braços do pai depois de que nos afastamos com o pecado.

A confissão é a manifestação humilde e sincera dos próprios pecados ao sacerdote confessor.Para fazer uma boa confissão é  necessário: fazer um cuidadoso exame de consciência, arrepender-se  dos pecados cometidos e o firme propósito de não cometê-los mais (contrição), dizer os outros pecados ao sacerdote (confissão), e cumprir a penitência (satisfação). Para a validez da confissão é suficiente arrepender-se de todos os pecados mortais, mas para o progresso espiritual é necessário arrepender-se também dos pecados veniais. O arrependimento certamente olha para o passado, mas implica necessariamente um empenho para o futuro com a firme vontade de não cometer jamais o pecado. A confissão é um meio extraordinariamente eficaz para progredir no caminho da perfeição. Com efeito, além de nos dar a graça "medicinal" própria do sacramento, faz-nos exercitar as virtudes fundamentais de nossa vida cristã. A humildade acima de tudo, que é a base de todo o edifício espiritual, depois a fé em Jesus Salvador e em seus méritos infinitos, a esperança do perdão e da vida eterna, o amor para Deus e para o próximo, a abertura de nosso coração à reconciliação com quem nos ofendeu. Enfim, a sinceridade, a separação do pecado e o desejo sincero de progredir espiritualmente.

Os Efeitos de uma boa confissão são: a reconciliação com Deus e com a Igreja, a recuperação da graça santificante, o aumento das forças espirituais para caminhar para a perfeição, a paz e a serenidade da consciência com uma  viva consolação do espírito.
Para quem tem dificuldades para confessar-se deve considerar que o sacramento da Penitência é um dom maravilhosos que o Senhor nos deu. No "tribunal" da Penitência o culpado jamais é condenado, mas sempre absolvido. Pois quem se confessa não se encontra com um simples homem, mas com  Jesus, o qual, presente em seu ministro, como fez um tempo com o leproso do Evangelho (Mc 1, 40ss.) também hoje nos toca ou nos cura; e, como fez com a menina que jazia morta nos toma pela mão repetindo aquelas palavras: "Talita kumi, menina,  eu te digo, levante-te!" (Mc 5, 41).
Pecados Mortais
*As faltas objetivamente mortais mais freqüentes são (seguindo a ordem dos mandamentos): praticar de qualquer modo a magia; blasfemar; perder a Missa dominical ou as festas de preceitos sem um  motivo sério; tratar mau aos próprios pais ou superiores; matar ou ferir gravemente a uma pessoa inocente; procurar diretamente o aborto; procurar o prazer sexual e solitário ou com outras pessoas que não sejam o próprio cônjuge; para os cônjuges, impedir a concepção no ato conjugal; roubar alguma soma relevante, inclusive desviando ou subtraindo no trabalho; murmurar gravemente sobre o próximo ou caluniá-lo; cultivar voluntariamente pensamentos ou desejos impuros; faltar gravemente com o próprio dever;  aproximar-se da Sagrada Comunhão em estado de pecado mortal; omitir voluntariamente um pecado grave na confissão.


Se a pessoa esquecer um pecado mortal, pode obter igualmente o perdão, mas na confissão seguinte deve confessar o pecado esquecido.



NA COMUNHÃO DOS SANTOS!
"Escreve - fala da Minha Misericórdia. Diz às almas onde devem procurar consolos, isto é, no tribunal da misericórdia onde continuo a realizar os meus maiores prodígios que se renovam sem cessar. Para obtê-los não é necessário empreender longas peregrinações, nem realizar exteriormente grandes cerimônias, mas basta aproximar-se com Fé dos pés do Meu representante e confessar-lhe a própria miséria. O milagre da misericórdia de Deus se manifestará em toda a plenitude. Ainda que a alma esteja em decomposição como um cadáver e ainda que humanamente já não haja possibilidade de restauração, e tudo já esteja perdido, Deus não vê as coisas dessa maneira. O Milagre da Misericórdia de Deus fará ressurgir aquela alma para a vida plena. Ó infelizes, que não aproveitais esse Milagre de Misericórdia de Deus! Clamareis em vão, pois já será tarde demais."      Jesus a Santa Faustina, 1448





Sacramento da Eucaristia.



A Eucaristia é um dos sacramentos deixados por Jesus à sua Igreja. É um dos sinais da graça e da presença de Cristo, hoje, no meio de nós. Jesus quis que a comunidade dos seus discípulos nascesse de novo pelo batismo, fosse marcada pelo selo do Espírito Santo na confirmação, recebesse o alimento e a vida pela Eucaristia. Portanto, a Eucaristia é Deus alimentando seu povo que caminha para a ressurreição final.

Nota-se que "A Igreja é constantemente recriada pela Eucaristia. Nela faz memorial da morte e ressurreição de Cristo, o sacrifício da nova Aliança, no pão partido e repartido entre a comunidade, no vinho vertido no cálice. Aqui é o Espírito que transforma a matéria; comprometida com ele, a Igreja leva cada um a partilhar o que tem, dando um novo sentido sacralizado ao universo material e aos acontecimentos de nossa vida" (Documento 43 da CNBB: Animação da vida litúrgica no Brasil, n° 87).

A Eucaristia é um sacramento com muitos nomes

Dentre estes nomes temos:

a)Eucaristia: palavra que significa "graças". É ação de graças a Deus (Lc 22,19). Essa ação de graças faz lembrar as bênçãos judaicas que proclamam as obras de Deus: a criação, a redenção e a santificação (CIC 1328).

b) Ceia do Senhor: "pois se trata-se da ceia que o Senhor fez com os seus discípulos na véspera de sua paixão, e da antecipação da ceia das bodas do Cordeiro na Jerusalém celeste" (CIC 1329).

c)Fração do Pão: esta expressão é de origem hebraica. Evoca o gesto feito durante uma refeição. Nas refeições religiosas havia a fração do pão, o partir o pão. Bem cedo a Eucaristia também foi designada como fração do pão. A Eucaristia é sinal de partilha, de dom.

d) Comunhão: "porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo, que nos torna participantes do seu Corpo e do seu Sangue para formarmos um só corpo" (CIC 1331; 1 Cor 10,16 17).

e)Santa Missa: "porque a liturgia na qual se realizou o mistério da salvação termina com o envio dos fiéis (‘missio’) para que cumpram a vontade de Deus na sua vida cotidiana" (CIC 1332).



Sacramento da Crisma.

Crisma, ou Confirmação, é o sacramento de crescimento e aprofundamento na vida de graça iniciada pelo Batismo. Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça. Na Crisma, o batizado é fortalecido com o dom do Espírito Santo, ocorrendo à maturidade da vida espiritual, para que, por palavras e obras, seja testemunha de Cristo (At 1,8), proclame e defenda a fé, vença as tentações e possa procurar a santidade com todas as forças da alma (Gal 5,22).

Na administração deste sacramento, feito pelas mãos do Senhor Bispo, o povo santo renova as promessas do Batismo, momento em que renunciam ao mal e a todas as suas obras. É ungido na fronte pelo óleo sagrado da Crisma, sinal de que são consagrados ao Cristo e prontos para enfrentar os desafios do maligno. Os óleos do Sacramento da crisma são bentos na celebração denominada de “Missa do Crisma e Bênção dos Santos Óleos”, que ocorre na Quinta-feira Santa de manhã. Nesta mesma oportunidades, os padres (re)afirmam sua obediência aos Bispos e, principalmente, ao Papa.

A crisma tem sua origem na Igreja primitiva. Os Apóstolos já haviam sido batizados, mas com Pentecostes ocorre a plenitude das graças do Espírito Santo, prometida por Jesus (CIC - §1287). Da mesma forma continuaram a fazer: “Os apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo, visto que não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em nome do senhor Jesus. Então os dois apóstolos lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo”. (At 8,14-17).

Pela graça deste sacramento os fiéis são vinculados mais perfeitamente à Igreja, onde devem mostrar a força do Espírito Santo que nos impulsiona a anunciar o evangelho e pregar a salvação aos homens. A crisma, junto com os sacramentos do Batismo e da Eucaristia, forma o conjunto dos "sacramentos da iniciação cristã", sendo indispensável a todos, conforme §1285, do Catecismo da Igreja Católica (CIC). A crisma é muito importante para um maior aproveitamento da nossa fé e para nos deixar mais perto do grande e eterno amor de Deus. Com a Crisma recebemos o dom do Espírito Santo e Dons infusos (sabedoria, ciência, entendimento, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus).Em nossa vida toda nós passamos por alguns sacramentos (batismo, confirmação, eucaristia, penitência, ordem, matrimonio e a unção dos enfermos) e a crisma é um dos sacramentos mais importantes. Os outros seis sacramentos também são importante, mas a crisma tem um grande destaque. Ela nos deixa ainda mais transformados pelo amor do Espírito Santo e, por isso, você não deveria deixar de experimentar. Como dizia a minha catequista de crisma, a crisma é quando ficamos adultos na fé.

*Os Sete Dons do Espirito Santo
- Sabedoria
- Inteligência 
- Fortaleza
- Temor de Deus
- Conselho
- Piedade
- Ciência 






Sacramento do Matrimonio.


Um dos estados de vida que é santificado por Nosso Senhor Jesus Cristo é o estado matrimonial. Assim como Jesus abençoa um Sacerdote com um Sacramento especial, assim também abençoa o homem e a mulher que se unem para formar uma família. Para isso Jesus instituiu o Sacramento do Matrimônio, ou Casamento.

Deus criou nossos primeiros pais como esposos e os uniu para toda a vida. Deste modo, Deus instituiu o casamento natural
Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gn 2,24); quando Jesus veio ao mundo para nos salvar, elevou este casamento natural à dignidade de Sacramento, ou seja, deu a esta união do homem e da mulher um valor sagrado, com as graças correspondentes para a missão que recebem. Por isso, São Paulo compara o casamento à união de Jesus Cristo com a sua Igreja, esposa de Cristo. Assim como Jesus ama a Igreja e morre por ela, os esposos amam-se e vivem um pelo outro. (Efésios, V,22)

Este Sacramento recebe o nome de Matrimônio, ou seja, função de ser mãe, significando a grandeza e o valor da maternidade. Onde se diz "maternidade" leia-se "filhos". Hoje em dia a instituição familiar está sendo destruída pelo neo-paganismo. O pior é que muitos padres, querendo parecer modernos, têm vergonha de pregar o verdadeiro matrimônio. Inverteram os fins do Matrimônio para ficar de acordo com o mundo.
Mas basta examinarmos as características próprias do casamento para compreendermos que quando a Igreja ensina que o fim principal do casamento são os filhos, ela está simplesmente sendo verdadeira, não tem medo da verdade porque sabe que só a Verdade é fonte de verdadeira liberdade. É assim que devemos ensinar que:

-          o fim principal do casamento é a procriação
-          o amor mútuo é também um fim, porém subordinado, no sentido de depender do fim principal. 

Assim também o equilíbrio da concupiscência que proporciona o casamento.

Quando dois jovens resolvem se casar devem preparar-se com muito cuidado para receber este Sacramento. Devem procurar se conhecer para ver se, de fato, estão prontos para viver o resto de suas vidas na companhia um do outro, se existe verdadeiro amor entre eles e não pura paixão sentimental, que logo desaparece. Por isso devem rezar, pedir luzes à Deus, ouvir os conselhos dos pais e do diretor espiritual.
Fundando uma nova família com a bênção divina, os dois devem medir a grande responsabilidade que assumem diante de Deus e a grande graça de receber esta missão especial de colaborar com Deus na Criação de novos dos seus filhos, de levá-los à Fé pelo Santo Batismo, de educá-los e amá-los de modo verdadeiro, exigindo sempre o caminho reto e a vida religiosa.

Diferenças entre o casamento católico e união livre atual
Casamento Católico
União livre
Os dois se unem para formar  uma sociedade, a família. Não é uma soma, mas algo de novo com características próprias.
Os dois se unem para fazer uma experiência em comum. Soma de interesses particulares.
Se é uma sociedade, então a família temobjetivo próprio e os meios para alcança-los.
Não sendo uma sociedade, cada um tem seu objetivo próprio. O meio de alcança-lo é o outro. É a origem das brigas e desavenças.
Toda sociedade é voltada para o seu próprio crescimento. Ela busca necessariamente os frutos.
Os interesses particulares de cada um não exigem frutos exteriores. Os filhos são "programados" quando há interesse dos dois em tê-los.
Sendo uma sociedade, solenemente constituída diante de Deus e da Igreja, os dois são obrigados a cumprir as regras do contrato. Daí o bem da Fidelidade.
Não sendo uma sociedade, as regras são puramente pessoais, promessas feitas um ao outro, laços frágeis que se rompem com facilidade. A fidelidade é fictícia.
Toda sociedade supõe a intenção de perdurar no tempo. Daí a indissolubilidade do casamento decretada por Deus.
Uma experiência é em si mesma uma realidade passageira, temporária, mesmo se este tempo chega a ser longo.
Os membros dessa sociedade unem seus esforços e interesses pelos objetivos e frutos da sociedade. É o fundamento do verdadeiro amor.
Os pares unidos experimentalmente se amam por paixão sentimental que é passageira e sujeita a variações. Não é verdadeiro amor por falta de fundamento sólido.
A família é um todo, o casal e os filhos são suas partes. O bem do todo é mais importante do que o bem das partes. Cada um deve renunciar ao seu próprio interesse quando este for contrário ao interesse do todo.
A união sem vínculo matrimonial é um amontoado de interesses particulares impostos como supremos. Mais cedo ou mais tarde haverá choques de interesses.

Baú das Riquezas.
Ricardo Sá - Valei-nos São José.




Fonte: Canção Nova, Catecismo da Igreja Católica, Catequizar.








Sacramento da Unção dos Enfermos.


Pelos sacramentos da iniciação cristã, o homem recebe a vida nova em Cristo. Ora, esta vida nos trazemos "vasos de argila" (2Cor 4,7). Agora, ela se encontra "escondida com Cristo em Deus", estamos ainda em "nossa morada terrestre" (2Cor 5,1) sujeitos ao sofrimento, à doença e à morte. Esta nova vida de filhos de Deus pode se tornar debilitada e até perdia pelo pecado.

O Senhor Jesus Cristo, médico de nossa alma e de nosso corpo, que remiu os pecados do paralítico e restitui-lhe a saúde do corpo, quis que sua igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o da Penitência e da Unção dos Enfermos. 


O Sacramento da Reconciliação cristã que mediante a oração e a unção com óleo santo feita pelo sacerdote, concede ao doente a graça e o alívio espiritual e muitas vezes o conforto corporal, isto é, concede a saúde da alma e do corpo. 


O óleo utilizado neste sacramento é um dos óleos que o Bispo abençoa na Quinta-feira Santa. O sacerdote unge a fronte e as mãos do enfermo. o corpo do homem ungido pelo Batismo é santo e por meio deste fazemos o bem. O Sacramento da Unção dos Enfermos faz com que estes tenham forças para testemunhar Jesus Cristo em meio ao sofrimento porque passam unindo-se a obra redentora do Filho de Deus. 




Quem pode receber a Unção dos Enfermos?  - Todos os que estão gravemente doentes.  - As pessoas que tem mais de 60 anos. 




Condições para receber a Unção dos Enfermos  Estar em estado de graça, isto é, sem pecado;  Receber a Unção com fé, esperança, caridade e resignação a vontade de Deus. 


Os sinais sensíveis da Unção dos Enfermos, oração-unçao, produção de graça, instituição divina, são ministrados pelo sacerdote, de preferência pelo pároco. A matéria usada para a unção é o óleo de oliveira ou planta que é abençoado na Quinta-feira Santa. No ato d unção o sacerdote profere as seguintes palavras: "Por esta santa unção o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo. Deus em sua infinita bondade quis".


Unção dos Enfermos é um dos sacramentos de que nada se fala, de que pouco se sabe, de que se tem medo, mas que é muito importante a muito curto prazo para a salvação eterna !


 A Unção dos Enfermos é um dos sete sacramentos da fé católica que, segundo a ordem tradicional, vem em último lugar, e a que já se chamou também "Extrema Unção" e "Santa Unção" :


 Cân. 998. - A Unção dos Enfermos, pela qual a Igreja encomenda ao Senhor, sofredor e glorificado, os fiéis perigosamente doentes, para que os alivie e salve, confere-se, ungindo-os com o óleo e proferindo as palavras prescritas nos livros litúrgicos.


 Este sacramento é administrado a pessoas com doenças graves em que corre o risco da sua vida.


 Portanto "não é sacramento só dos que estão no fim da vida". Deve ser administrado, quando alguém começa por doença ou velhice, a estar em perigo de morte.




 Assim o refere o Catecismo da Igreja Católica : 1514. - A Unção dos Enfermos "não é sacramento só dos que estão no fim da vida. É certamente tempo oportuno para a receber quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte"(SC 73). Na administração deste sacramento, o ministro unge o doente na fronte e nas palmas das mãos.




 Diz o Catecismo da Igreja Católica : 1513. - A Constituição Apostólica "Sacram Unctionem Infirmorum", de 30 de Novembro de 1972, a seguir ao Concílio Vaticano II, estabeleceu o seguinte : O sacramento da Unção dos Enfermos é conferido às pessoas perigosamente doentes, ungindo-as na fronte e nas mãos com óleo devidamente benzido - azeite de oliveira ou outro óleo de extração vegetal -, dizendo uma só vez : "Por esta Santa Unção e pela sua piíssima misericórdia o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo; para que liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na Sua bondade alivie os teus sofrimentos".




 Sobre o ministro deste sacramento, diz o Direito Canónico : Cân. 1003- § 1. - Todos os sacerdotes, e só eles, administram validamente a Unção dos Enfermos. § 2. - O dever e o direito de administrar a Unção dos Enfermos competem aos sacerdotes, a quem foi confiada a cura de almas, em relação aos fiéis entregues aos seus cuidados pastorais; por causa razoável, qualquer outro sacerdote pode administrar este sacramento, com o consentimento, ao menos presumido, do sacerdote acima referido.




 E o Catecismo da Igreja Católica esclarece : 1516. - Só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da Unção dos Enfermos. É dever dos pastores instruir os fiéis acerca dos benefícios deste sacramento. Que os fiéis animem os enfermos a pedir ao sacerdote para receberem este sacramento. E que os doentes se preparem para o receber com boas disposições, com a ajuda do seu pastor e de toda a comunidade eclesial, convidada a rodear, de modo muito especial, os doentes, com as suas orações e atenções fraternas. Como usualmente, se é possível, o doente deve confessar-se, é por isso que só o sacerdote pode administrar este sacramento. Desde a primitiva Igreja, os Apóstolos, à imitação de Jesus, usavam os óleos e a imposição das mãos para curar os doentes.




 O Catecismo da Igreja Católica lembra : 1512. - Na tradição litúrgica, tanto no Oriente como no Ocidente, temos desde os tempos antigos testemunhos de unções de doentes praticadas com óleo benzido. No decorrer dos séculos, a Unção dos Enfermos começou a ser dada cada vez mais exclusivamente aos que estavam pestes a morrer. Por causa disso, tinha recebido o nome de "Extrema Unção". Porém, apesar dessa evolução, a Liturgia nunca deixou de pedir ao Senhor pelo doente, para que recuperasse a saúde, se tal fosse conveniente para a sua salvação. S. Justino, advogado, dizia em 150 que a Eucaristia era levada aos doentes e eram feitas preces por eles, mas sem qualquer fórmula especial. Tanto os sacerdotes como os leigos podiam ungir os doentes.




 Mas a Igreja conhece um rito próprio de que o Catecismo da Igreja Católica dá testemunho : 1510. - Entretanto, a Igreja dos Apóstolos conhece um rito próprio em favor dos enfermos, atestado por S. Tiago : "Alguém de vós está doente ? Chame os presbíteros da Igreja para que orem por ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o confortará; e, se tiver pecados, ser-lhes-ão perdoados" (Tg. 5,14-15). A Tradição reconheceu neste rito um dos sete sacramentos da Igreja.


 Durante as reformas do século VIII, foi organizado o ritual, no governo de Carlos Magno, e a prática da Unção dos Enfermos foi reservada aos sacerdotes.


 No século IX em que o sacramento da Penitência começou a relacionar-se com a Unção dos Enfermos, era costume na Europa que os doentes e os que estavam em grave perigo de vida, fossem Ungidos com o sacramento dos doentes.


 Por causa das graves penitências impostas na Confissão, as pessoas guardavam a confissão para a hora da morte.


 No século XII este sacramento era considerado como a última Unção antes da passagem para a eternidade, razão pela qual mais tarde, o Concílio de Trento (1545-1563), lhe chamou no século XVI a Extrema Unção.


 Muito recentemente a Igreja ordenou que a este sacramento fosse dado o nome de Unção dos Enfermos.


 Foram, portanto, introduzidas alterações nos respetivos rituais em 18 de Janeiro de 1973. Transformara-se assim num rito bem diferente do que existia antes em que estava tão materializado que os que recebiam este sacramento estavam pouco capazes de colaborar com a graça de que o mesmo devia ser portador; e as próprias famílias, que o desejavam, com raras excepções, para os seus doentes, só o pediam quando eles já estavam inconscientes, com o erróneo sentido de que era preciso não perturbar o doente...


 Ora este sacramento procura, como os outros, levar o cristão à verdadeira identificação com Cristo e suscitar nos doentes verdadeiras disposições para enfrentar, com fé e resignação a própria doença.


 Este sacramento é fonte de riqueza espiritual e de graça para a Comunidade Cristã, pelo mérito do sofrimento, suportado com verdadeiro espírito cristão. E a Comunidade dos crentes, por seu lado, com a sua oração, com a sua presença e conforto, muito poderá ajudar o doente nestes momentos difíceis da sua vida.


 Presentemente já se organizam encontros para uma administração coletiva deste sacramento, para os doentes mais idosos ou em maior perigo, que pode ser feita dentro da própria Missa, para que toda a Comunidade se una às preces da Igreja pelos doentes.


 Cân. 1002. - Pode realizar-se, em conformidade com as prescrições do Bispo diocesano, a celebração comum da Unção dos Enfermos, simultaneamente para vários enfermos, que estejam convenientemente preparados e devidamente dispostos. Quando este sacramento é administrado fora da Missa, se o doente o pode fazer, confessa-se primeiro, é ungido depois e recebe também a Sagrada Comunhão sob a forma de Viático.(cf.Cân.921).




 O Catecismo da Igreja Católico ensina : 1524. - Àqueles que vão deixar esta vida, a Igreja oferece-lhes, além da Unção dos Enfermos, a Eucaristia como viático. Recebida neste momento de passagem para o Pai, a comunhão do Corpo e Sangue de Cristo tem um significado e uma importância particulares. É semente de vida eterna e força de ressurreição, segundo as palavras do Senhor : "Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia"(Jo.6,54). Sacramento de Cristo morto e ressuscitado, a Eucaristia é, nesta hora, sacramento de passagem da morte para a vida, deste mundo para o Pai.


  Nesta cerimónia o ministro que faz a unção do doente, representa a Comunidade, cuja esperança e cujas orações tornam o doente mais forte na sua doença e pode até recuperar a saúde.


 Através deste sacramento, portanto, toda a Igreja ora para que Cristo ressuscitado seja o Alívio e a Salvação daqueles que são ungidos.


 A Igreja ensina que a Unção dos Enfermos torna as pessoas mais fortes no corpo e na alma e pode perdoar os pecados actuais e purificar ainda de algumas das penas temporais (no Purgatório), devidas pelos pecados já perdoados.


 Este sacramento é um sinal do grande amor de Cristo que se relaciona com a saúde do corpo e da alma dos membros da Comunidade cristã.


 Lembra ainda o que Cristo sofreu pela humanidade.


 Não é, portanto, necessário que uma pessoa esteja mesmo em perigo iminente e grave de vida (in articulo mortis) para que possa e deva receber a Unção dos Enfermos.


 No documento da Igreja, Rito da Unção Pastoral dos Doentes, que foi publicado pelo Vaticano em 1972, ficou estabelecido, a respeito deste sacramento, e de quem o pode receber, o seguinte : 1. Todos os que estiverem gravemente doentes, devido à sua doença ou à sua velhice. (cf.Cân. 1004 § l). 2. Pessoas idosas, se elas estão em precárias condições de saúde, ainda que presentemente não estejam em perigo de vida. 3. Crianças e jovens doentes, se tiverem suficiente uso da razão para serem confortados por este sacramento. 4. Pessoas que tenham recuperado a saúde depois de terem recebido este sacramento. 5. Pessoas que recuperaram a saúde depois de terem recebido este sacramento, podem recebê-lo de novo se estiverem em grave perigo de vida.(cf. Cân. 1004 § 2). 6. Uma pessoa doente deverá ser ungida antes de uma operação cirúrgica ainda que não esteja envolvida em doença grave.




 O Catecismo da Igreja Católica esclarece este ponto novo : 1515. - Se um doente que recebeu a Santa Unção recupera a saúde, pode, em caso de nova grave enfermidade, receber outra vez este sacramento. No decurso da mesma doença, o sacramento pode ser repetido se o mal se agrava. É conveniente receber Unção dos Enfermos na iminência duma operação cirúrgica importante. E o mesmo se diga a respeito das pessoas de idade, cuja fragilidade se acentua.


 No caso de haver dúvida sobre o uso da razão de uma criança ou se uma pessoa ainda vive, administra-se o sacramento sob condição.


 A uma pessoa comprovadamente morta já se não pode administrar este sacramento, não só porque já não lhe aproveita, mas também pelo respeito que se deve a um sacramento.


 É preciso ter na sua devida conta que a Unção dos Enfermos não é um sacramento de mortos nem para pessoas que já não estão no pleno uso das suas faculdades.


 A Unção dos Enfermos é um sacramento de vivos.


 A Igreja determina que se não administre este sacramento aos que "perseveram obstinadamente em pecado grave manifesto".(cf. Cân.1007)







Baú das Riquezas
Sequencia de Pentecostes





Sacramento da Ordem.


A Ordem é o sacramento que transforma o leigo em diácono, o diácono em sacerdote e o sacerdote em bispo. É o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é o sacramento do ministério apostólico. Possui três graus: o diaconato (para diáconos) o presbiterado (para padres) e o episcopado (para bispos).

O sacramento da Ordem insere a pessoa num determinado grupo de cristãos que exercem uma função específica em relação à do cristão leigo, graças à imposição das mãos do bispo e da oração consecratória.

Toda a Igreja é um povo sacerdotal, pois graças ao Batismo, todos os fiéis participam do sacerdócio de Cristo. O "sacerdócio comum dos fiéis" deve ser exercido por todos os cristãos.

O ministério conferido pelo sacramento da Ordem consiste num outro tipo de participação na missão de Cristo, ou seja, no serviço em nome e na pessoa de Cristo no meio da comunidade. Além disso, o sacerdócio ministerial confere um poder sagrado para esse serviço dos fiéis. Esse serviço consiste no ensino, no culto divino e no governo pastoral.
No serviço eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja enquanto Cabeça de seu Corpo, Pastor de seu rebanho, Sumo Sacerdote do sacrifício redentor, Mestre da Verdade. A Igreja expressa isso dizendo que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age "In persona Christi Capitis", ou seja, na pessoa de Cristo-Cabeça.

O bispo é o único que pode tornar o leigo um diácono, sacerdote ou outro bispo. Para que isso aconteça e seja válido, o bispo ordenante deve ter sido validamente ordenado, isto é, que esteja na linha da sucessão apostólica, e em comunhão com a Igreja toda, principalmente com o Sumo Pontífice (o Papa).

Os padres somente podem exercer seu ministério na dependência do bispo e em comunhão com ele. Já para a legítima ordenação de um Bispo, é hoje exigida uma especial intervenção do Bispo de Roma (o Papa), por causa de sua qualidade de vínculo visível supremo da comunhão das Igrejas particulares (as dioceses) na única Igreja e garantia da sua liberdade.
A ordenação de mulheres não é possível porque o Senhor Jesus escolheu homens para formar o colégio dos doze Apóstolos, e os apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os colaboradores que seriam seus sucessores na missão. O colégio dos bispos, ao qual os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e atualiza, até o retorno de Cristo, o colégio dos doze. A Igreja se reconhece ligada a essa escolha do próprio Senhor.

O sacramento da Ordem é concedido uma vez por todas, ou seja, não pode ser repetido, pois confere um caráter espiritual indelével, ou seja, para sempre. Assim, um padre que deixe o ministério para casar-se, por exemplo, continua sendo padre. Se ficar viúvo e quiser voltar a exercer o ministério, não precisa ser ordenado novamente, bastando seguir as orientações da Igreja a esse respeito.

Por falar nisso, é bom lembrar que na Igreja de rito latino somente o diácono pode ser casado; o bispo e o padre devem ser solteiros ou, em alguns casos, viúvos. Entretanto, se o diácono permanente casado ficar viúvo, não poderá mais se casar.







Participação Especial:
Tivemos a participação especial do nosso Querido Padre Valter da Paróquia Santo Expedito, partilhando um pouco sobre o Sacramento da Ordem e sua Vida como Padre.


                            Baú das Riquezas: 
                             Não da mais pra voltar - Monsenhor Jonas Abib






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