quinta-feira, 5 de abril de 2012

Papa.


Quando Jesus chamou o apóstolo Simão de Pedro, não foi em vão. Ele lhe disse: “Pedro, tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. E os homens não prevalecerão contra ela”.

Somente Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu em pedra da sua Igreja. Entregou-lhe as chaves da mesma: instituiu-o pastor de todo o rebanho.

Cristo, ao instituir os doze, instituiu-os à maneira de colégio ou grupo estável, ao qual prepôs Pedro, escolhido dentre eles.

Tudo isto foi documentado no Novo Testamento.
O homem é estranho, engraçado até. Acredita em documentos oficiais, emitidos e aprovados pelo governo, que nem sempre está fora de corrupção; mas põe em dúvida documentos bem mais sérios, emitidos por testemunhas da vida, da missão, da paixão, morte e ressurreição de Cristo.

A lei de Deus confiada à Igreja é ensinada aos fiéis como caminho de vida e verdade. Podemos citar duas passagens dos Evangelhos que comprovem este envio: “Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas”. (cf. Mt 10,16) e “Nesses dias, Jesus foi para a montanha a fim de rezar. E passou toda a noite em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos”. (cf. Lc 6, 11-13)
O Santo Padre, o Papa, bispo de Roma e sucessor de Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos bispos, quer da multidão dos fiéis. O Pontífice Romano, em virtude de seu múnus, isto é, do seu ofício ou missão de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal.

Sendo assim, podemos afirmar que o Papa é a autoridade máxima, aqui na terra, da Igreja católica e, portanto merece o respeito devido. Entretanto, ele não pode evitar que alguns presbíteros, fugindo às obrigações e aos compromissos livre e conscientementes no sacramento que receberam, cometam desatinos. E, se ele não pode evitar, isto não significa que ele concorde.

Juntamente com seus auxiliares, o Papa toma providências a respeito. Só que não alardeia para toda a mídia as atitudes tomadas pela Santa Sé.

A Igreja Católica foi sempre muito perseguida e um deslize de algum de seus membros se torna um "prato cheio", alvo de críticas de todos os setores da sociedade. Outras crenças ou diversos grupos religiosos autônomos têm, também, as suas falhas, mas não merecem atenção maior do que uma nota num jornal ou um pequeno comentário na televisão.

O livre-arbítrio dá ao homem a oportunidade de escolher entre o bem e o mal. Muitas vezes, ele faz a opção errada, percorre caminhos que não levam à paz e pode prejudicar seus semelhantes.

A Igreja é santa e pecadora, pois é composta de homens e mulheres comuns. Todos nós somos Igreja. Podemos e devemos condenar o mal, mas não podemos nos responsabilizar por todo o mal que possa ser cometido.

O Papa não é dono do mundo. Tenta orientar os fiéis e, com a participação do colégio episcopal, tenta orientar seus presbíteros. Há sanção para as falhas, mas não se pode debitar tão radicalmente ao Papa todos os erros cometidos debaixo de sua jurisdição.

Enfim, cremos que somente a verdade libertará e, mais dia, menos dia, ela chegará, esclarecendo tudo. Enquanto isto, nossa força é o Espírito Santo, que nos norteia e ao Santo Padre para que vença com paciência e amor, os ataques que lhe são dirigidos.


Adesão ao Ministério do Papa:

Sendo São Pedro o primeiro Papa, escolhido pelo próprio Cristo para guiar a Igreja que peregrina no mundo, na pessoa dele, homenageamos o reinante Pontífice Romano, o Papa BENTO XVI. Assim, na solenidade de São Pedro e São Paulo, celebramos também o dia do Papa, esse líder que herda a administração de São Pedro e a evangelização de São Paulo.

Para evangelizar, a Igreja precisa de alguém que lidere e coordene, como fez São Pedro e, também, para evangelizar, o cristão supõe coragem e audácia, ir aonde ninguém foi, como fez São Paulo.
Sob a liderança do Papa, a Igreja, na sua missão, que é a mesma de Cristo, deve empenhar-se pela dignidade do povo. Não somos cristãos aleatoriamente, não nos salvamos individualmente. Igreja é comunidade. O próprio Deus é uma comunidade de amor.

Se queremos realizar a Sua vontade, se queremos fazer nossa a Sua verdade, temos que ser também Igreja comunidade de amor.

Thomas Merton já afirmou que “homem algum é uma ilha”. E não somos mesmo ilhas, somos continente. 

Cada um de nós é uma parte integrante de um todo, que é a Igreja. E essa Igreja não sobrevive sem uma organização cujo líder é o Papa. E essa organização não foi inventada. A Tradição cristã, fundada pelo próprio Cristo, nos legou esses conceitos. Além do mais, sabemos que o sucessor de Pedro é iluminado pelo Espírito Santo. Portanto, o cristão autêntico deve prestar sua adesão incondicional ao Santo Padre o Papa Bento XVI. Vida longa e feliz ao sucessor de Pedro!


Como é feita a Eleição Papal?

Acredito que muitos leitores devam lembrar-se da última eleição papal ocorrida no ano de 2005, com o anúncio do novo sumo pontífice, o papa Bento XVI. Mas será que sabemos a origem dessa eleição? Será que entendemos o porquê do seu nome ser Conclave? 

Esse é mais um importante tema sobre a História da Igreja Católica, onde podemos entender como se dá a escolha do sucessor do Apóstolo Pedro.

Aspectos Gerais 

Primeiramente lembro que o Papa é bispo de Roma e sucessor de Pedro (Mt 16, 18-19). É o chefe de toda a Igreja Católica Apostólica Romana. Está acima de todos os bispos (Apóstolos). Ele legisla para toda a Igreja através de Bulas, Encíclicas e Decretais. Jesus de Nazaré, segundo a Bíblia, fez de Pedro o fundamento visível da Igreja, entregou as ”chaves”. Assim, o bispo de Roma, sucessor de Pedro é a cabeça do colégio dos bispos, Vigário de Cristo na Terra, é o Pastor da Igreja Universal. Ele possui três funções: é chefe de Estado (Vaticano), é bispo de Roma e Chefe da Igreja.

Os cardeais são bispos que fazem parte, desde 1059, com o papa francês Nicolau II (1059-1061), de um colegiado (Prelados do Sacro Colégio Pontifício), os quais têm a função, desde 1274, no Concílio de Lyon II, de elegerem o novo Papa. 

Lembro que a Idade Média não pode ser estudada sem que o pesquisador situe no tempo e espaço o alvo de sua pesquisa, contudo, podemos entender de maneira mais ampla que, durante o período medieval, houve uma disputa entre: o poder temporal (dos reis) e o poder espiritual (dos papas).

Sabemos que durante a Idade Média, a Europa Ocidental ficou sob o domínio de grupos germânicos, conhecidos erradamente por “bárbaros” e por muçulmanos. O território ficou subdividido em muitos reinos e o poder foi ficando atomizado (poder local forte). Assim, muitos desses reis tinham forte influência na política local e, por conseguinte, nas questões religiosas. A História nos traz vários exemplos de reis que agiram dessa forma: Imperador Honório (418 d.C.), rei Odoacro (483 d.C.), rei Teodorico (498 d.C.), dentre outros.

Essa querela teve diferentes desfechos dependendo da época e da localidade, mas uma coisa era muito comum: reis queriam intervir na escolhas dos bispos e demais cargos religiosos. Interferiam querendo eles mesmos eleger tais cargos, ou queria que seus filhos ou seus subordinados fizessem parte desse colegiado. Sabemos que a cidade de Roma teve alguns papas (bispo de Roma) sendo eleitos dessa forma. 

Como ocorre o conclave?

Esta palavra (Conclave) aparece pela primeira vez num documento do papa Gregório X (1271-1276), no II Concílio de Lion, Julho de 1274. O título do documento era •Ubi periculum.• (Quando houver algum perigo). Tentando diminuir tal interferência de pessoas estranhas, ele ordenou que os cardeais fossem fechados na sala com chave – “Conclave”. E tem sido assim desde então.

A votação se inicia imediatamente depois que todos os cardeais eleitores - os que têm menos de 80 anos - entram na Capela Sistina, no Vaticano. Caso ninguém seja apontado por ao menos dois terços dos membros votantes do colégio cardinalício, nos dias seguintes ocorrem duas votações de manhã e outras duas à tarde. Os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: não podem usar telefone, receber jornais, ver televisão, dentre outros.

Eles se reúnem e é necessário que se tenha 2/3 de aprovação para que esta eleição seja aceita e validada. 

Após três dias de votações sem resultado, ocorre uma suspensão de um dia para uma “pausa de oração”. Em seguida, as votações voltam a ser realizadas e, se ainda assim o pontífice não for escolhido, será efetuado outro intervalo, seguido por sete tentativas.

Enquanto a decisão ainda não foi tomada, as cédulas de votação são queimadas numa lareira junto com palha úmida, produzindo no Vaticano uma fumaça preta que indica que o processo continua em andamento. A fumaça branca, produzida coma a queima apenas das cédulas, indica que o novo papa foi escolhido.

O eleito é oficialmente perguntado se aceita ou não a eleição. Caso a aceite, se quiser, escolhe um novo nome. 

A tradição de os Papas adotarem um novo nome data de 533, quando um padre chamado Mercúrio foi eleito bispo de Roma. Por achar que Mercúrio era um nome pagão demais para um Papa, adotou João II. Até então os Papas eram simplesmente chamados por seu nome de batismo. Lembro ainda que foi o papa João Paulo, em 1978, o primeiro a utilizar um duplo nome. Por ser um grande amigo e admirador, o seu sucessor, continuou esse procedimento, assumindo como João Paulo II.

Procede-se depois a uma curta procissão até uma janela da Basílica de S. Pedro que dê para a Praça, onde o novo Sumo Pontífice é revelado e faz a sua primeira bênção: Urbi et Orbi. Minutos antes, o cardeal mais velho anunciará o que é esperado: Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam (Anuncio-vos uma grande alegria: Temos Papa), dando o nome de batismo e o nome adotado pelo novo papa. 

Após esse momento, os sinos da Basílica de São Pedro começam a soar, e a seguir os das igrejas de todo o mundo.

Abaixo, podemos observar tal vestuário no dia da eleição dos últimos cinco papas:



No ultimo Conclave realizado em 2005, o Brasil, com oito cardeais, foi, junto com a Alemanha, o quarto maior país em representação no Colégio de Cardiais em Roma. Em primeiro lugar está a Itália, com 40, à frente de Estados Unidos, com 14, e Espanha, com 9. O Colégio contou com 164 cardeais. 

Por continentes, a Europa continua dominando o colégio (101 cardeais), à frente de América Latina (29 cardeais), América do Norte (23 cardeais), África (18 cardeais), Ásia (18 cardeais) e Oceania (05 cardeais).

PAPA – Bispo de Roma e sucessor de Pedro (Mt 16, 18-19). É o chefe de toda a Igreja. Está acima de todos os bispos (Apóstolos). Ele legisla para toda a Igreja através de Bulas, Encíclicas e Decretais. Jesus fez de Pedro o fundamento visível da Igreja, entregou as chaves. O bispo de Roma, sucessor de Pedro é a cabeça do colégio dos bispos, Vigário de Cristo na Terra, é o Pastor da Igreja Universal. Assim, ele possui três funções: é chefe de Estado (Vaticano), é bispo de Roma e Chefe da Igreja.

CARDEAIS – São bispos que fazem parte, desde 1059, com o papa francês Nicolau II (1059-1061), de um colegiado (Prelados do Sacro Colégio Pontifício), os quais têm a função, desde 1274, no Concílio de Lyon II, de elegerem o novo Papa. Eles se reúnem em um conclave (nome da eleição papal) e é necessário que se tenha 2/3 de aprovação para que esta eleição seja aceita e validada. Os Cardeais possuem cargos na cúria desde o final do século III e início do IV.

ABADE – Superior de um Mosteiro, que é visto como o pai da comunidade. Se o mosteiro for feminino, a responsável se chama Abadesa. 

ARCEBISPOS – São bispos que possuem a missão de serem chefes espirituais e de jurisdição da Arquidiocese (abrange todas as dioceses da região). A Arquidiocese é a Diocese do Arcebispo.

BISPOS – É a maior autoridade na sua circuncisão eclesiástica, dita Diocese ou Bispado. Tem como investiduras o Anel (simbolizando seu casamento com a Igreja, sua Diocese) e o Báculo (simbolizando o pastor de sua Diocese). Os bispos são sucessores dos Apóstolos como pastores da Igreja, mensageiros do Evangelho de Cristo. Também são chamados de Sufragâneos. 

PRESBÍTERO – Padre.

CONSCISTÓRIO – Reunião de Cardeais.

SÍNODO – Assembléia de Bispos de uma Província.

PROVÍNCIA ECLESIÁSTICA – Conjunto de Dioceses. Quem a governa, a preside é o bispo mais importante: o Metropolita, que, a partir de 1301, passa a se chamar Arcebispo. Arquidiocese à Diocese à Vicariatos à Regiões ou Foranias à Paróquias à Capelas.

MADRE SUPERIORA 
– Superior de um Convento.

PADRES FOÂNEOS – Título dado pelo bispo a um grupo de padres dentro de um Vicariato. As foranias são regiões dentro dos Vicariatos.

VIGÁRIO EPISCOPAL – É um presbítero colaborador do Bispo. 

CÔNEGO – São Presbíteros que fazem parte de um “colegiado”, os quais tinham a função de eleger o novo bispo e assessorá-lo e caso acontecesse um impasse, quem escolhia era o Papa. Essa função perdura do século XII ao XVI. Atualmente eles são um conselho do Bispo na Catedral.

CABILDO – Conjunto de Cônegos em uma Catedral.

MONSENHOR – Título dado pelo Papa a pedido do Bispo a um padre ou a um Cônego.

CATÓLICO - Adjetivo grego que significa “Universal”. Esse termo é usado a partir do Concílio de Trento (1545 - 1563) para designar a Igreja Romana em oposição às Igrejas da Reforma. Antes, o termo utilizado era Cristandade

LEIGOS – São todos os cristãos, exceto os membros da Sagrada Ordem ou estado religioso reconhecido pela Igreja Católica, isto é, os fiéis que, incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos no povo de Deus e a seu modo feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercem, no seu âmbito a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo. O papa, os bispos, padres e leigos... São todos Igreja.


Baú das Riquezas
Marcha da Igreja.






Fonte: Canção Nova, Catecismo da Igreja Católica, CNBB

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